“O Ministério devia ter dado indicações quanto às plataformas informáticas”

“O Ministério devia ter dado indicações quanto às plataformas informáticas”

1 de Junho, 2020 0

Testemunho e propostas de Professor do 2º e 3º Ciclo.

Um professor do 2º e 3º Ciclo da Região Norte enviou um testemunho ao Escola Pública onde considera que a “resposta do Ministério da Educação tem sido razoável”. Contudo “podia/devia ter dado indicações mais específicas quanto a determinados recursos – por exemplo, nem todas as plataformas são igualmente relevantes do ponto de vista pedagógico, algumas são quase um mero fórum, enquanto outras têm uma filosofia educativa subjacente (Moodle, por exemplo), não são um mero produto técnico”.

Argumenta que o pior tem sido a resposta de algumas escolas, que tem stressado professores, alunos e família “com múltiplas exigências que não têm em conta os aspectos psicológicos, sociais, afetivos, etc”. Havendo problemas com diretores que, sem conhecimentos específicos de informática nem em Educação a Distância, dão diretivas erradas.
Considera também que “muitas escolas não estão a dar a devida atenção aos problemas das desigualdades”.

Desigualdades que não se resumem à falta de computadores ou Internet, incluem também “as efetivas condições de acesso e de capacidade de se “movimentarem” na nova situação”.
Em relação ao 3º Período considera que o foco “deveria ser mais o apoio afectivo aos alunos, com muito menor obsessão em trabalhos e resultados”.

Defende ainda que os decisores das escolas deveriam respeitar as “indicações razoáveis da DGE” e que era importante que estudassem “a literatura que há publicada sobre E@D, e-learning, plataformas LMS” e se aconselhassem com os colegas com mais conhecimento sobre essas matérias.

Fotografia de Flickr.com/Bill Thompson